quinta-feira, 29 de março de 2012

Chávez não tem vitória garantida em eleições, mostra pesquisa



Os milhões de venezuelanos que ainda não decidiram em quem votar em outubro têm em suas mãos o futuro político do presidente Hugo Chávez. Isso porque, apesar da vantagem mantida pelo governo, o resultado poderá ser muito apertado, de acordo com pesquisa divulgada nesta quinta-feira.
No levantamento da empresa Datanalisis, tanto Chávez quanto o candidato único da oposição, Henrique Capriles, caíram ligeiramente em março em comparação com os dados de fevereiro, o que deixa em suspenso a disputa. No entanto, há uma parcela significativa de quase 25% dos eleitores que segue indecisa.

"Os indecisos definitivamente vão definir a eleição presidencial", disse Luis Vicente León, presidente da Datanalisis, durante a apresentação dos resultados de uma pesquisa realizada em março.
Na sondagem, Chávez aproxima-se do início oficial da campanha, em julho, com 44,7%, 13 pontos a mais que Capriles, que conta com 31,4%.
A pesquisa foi realizada com 1.300 pessoas entre 29 de fevereiro e 7 de março em todo o território venezuelano. A margem de erro é de 2,7 pontos percentuais.
AVALIAÇÃO
A avaliação positiva da gestão do mandatário socialista subiu para 62,5% em março, após oscilar durante 2011, contra 50,2% de Capriles, o atual governador do Estado de Miranda, em parte pela conexão emocional que o presidente consegue estabelecer com sua base de apoio em momentos de fragilidade.
Munidos com esses dados, governo e oposição avaliam qual é o discurso mais apropriado para atrair os indecisos e já se encontram nas ruas em busca de votos, ainda com Chávez convalescente enquanto se submete à radioterapia para se curar de um câncer.
"A possibilidade de bloquear qualquer migração de eleitores para a oposição existe e é isso o que busca o oficialismo", acrescentou León, que advertiu que o retrato sobre a intenção de voto deste momento não deve ser projetado de nenhuma forma ao que poderá ocorrer em outubro.
Segundo León, a doença do presidente contrabalançou parte do efeito positivo surtido com as eleições primárias da oposição sobre a intenção de voto.





Postada:Gomes Silveira
Fonte:Folha

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