quinta-feira, 8 de março de 2012

Divergências na bancada - Petista defende sua agremiação


Na terça-feira, no plenário da AL, Carlomano criticou o posicionamento do PT em relação ao PMDB
Um problema interno no PMDB. É o que o deputado Dedé Teixeira (PT) acredita estar havendo com o partido do vice-presidente da República, Michel Temer, devido as manifestações de deputados federais peemedebistas, em Brasília, contra o tratamento dispensado ao partido pelo Governo do PT.


O comentário do petista não passou em branco. O deputado Carlomano Marques (PMDB) rebateu, afirmando que o problema do partido é mesmo com o tratamento que vem recebendo do PT a nível federal. No dia anterior, o peemedebista já havia subido à tribuna garantido ser favorável ao manifesto entregue por mais de 50 deputados do PMDB ao vice-presidente, Michel Temer.

O manifesto é uma mostra da insatisfação dos peemedebistas com o que chamam de "hegemonia do PT" no Governo. Eles reclamam da relação do Governo Federal com as bases e de "tratamento injusto" e "desigual". O deputado alega que uma prova disso, foi a nomeação, por parte do senador José Sarney (PMDB-AP), para o Ministério do Turismo. O nome indicado foi de Gastão Vieira, mas de acordo com Carlomano, não é ele quem comanda a pasta. "Não manda em nada, não tem força para nomear um porteiro", critica, afirmando que quem está à frente do Ministério é o secretário executivo que pertence ao PT.

Carlomano Marques aponta ainda que seu partido vem sofrendo pressões do PT para a retirada da candidatura de Gabriel Chalita à Prefeitura de São Paulo. Mesmo reconhecendo a pressão do PT, o parlamentar salienta que Michel Temer já afirmou que o PMDB não desistirá da candidatura de Chalita.

Estrutura

"O PMDB não estava aceitando, como não aceita e não aceitará, o projeto hegemônico do PT, que usa a estrutura administrativa para oprimir as decisões partidárias", defendeu.

Em Fortaleza, o parlamentar já deixou várias vezes bem claro que é a favor de uma candidatura do seu partido à Prefeitura. "O que eu entendo por democracia é a rotatividade do poder e a oferta de escolhas", argumenta, deixando claro não estar defendendo, no Ceará, uma ruptura com o PT. "Até porque não temos o que romper com o PT", enfatizou.

Para Dedé Teixeira, o sentimento geral do PMDB é que os espaços dados no Governo de Dilma Rousseff não são bem divididos, ficando concentrados nas mãos dos "grandes caciques nacionais e bem aquinhoados", enquanto a grande massa do partido, os deputados federais que labutam, não estão se sentidos representados.

Carlomano Marques respondeu que talvez seja essa a prática de outros partidos, mas não a do PMDB. "Não conheço cacique no PMDB; conheço grandes lideranças, como José Sarney", garantiu. Na avaliação do parlamentar, é preciso o PT ter consideração a um parceiro do tamanho do PMDB, com a segunda maior bancada federal e a maior bancada de senadores.

O deputado Antônio Carlos (PT) defendeu o seu partido, argumentando que ele sabe reconhece a importância das coligações. "O PT nasceu se afirmando, e o debate de alianças era um debate difícil. Depois, ele foi compreendendo que era necessário juntar, estar com as forças democráticas como o PMDB".





Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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