quarta-feira, 21 de março de 2012

No presídio - Acusada de atropelar e matar três é transferida


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Logo após o acidente na Avenida Paulino Rocha, bairro Cajazeiras, a jovem Amanda Cruz da Silva, 20, foi presa por policiais militares do Ronda do Quarteirão e autuada no 30º DP ( São Cristóvão) por homicídio doloso 
 
A acusada estava detida no xadrez da Delegacia de Capturas e Polinter, mas foi transferida para o Presídio, sob sigilo

A jovem acusada de atropelar e matar três pessoas, entre elas, uma adolescente grávida e um bebê, na tarde do último sábado, em Fortaleza, foi transferida, na tarde de ontem, da Delegacia de Capturas e Polinter (Decap), para o Instituto Penal Feminino Desembargadora Auri Moura Costa, em Aquiraz. Amanda Cruz da Silva, 20, permanece presa sob acusação de homicídio doloso (quando há intenção de matar).

Durante toda a manhã de ontem, ela foi submetida aos procedimentos padrões exigidos pelo Sistema Penitenciário, para que fosse admitida no Presídio Feminino. Depois de fazer todos os registros e ser identificada criminalmente, acabou transferida para a unidade prisional.

Segundo o diretor do Departamento de Polícia Especializada (DPE), delegado Jairo Pequeno, além dela, outras 11 mulheres que estavam no xadrez feminino da Decap foram transferidas. O grupo seguiu escoltado por equipes da Decap e do DPE.

Sigilosa

Façanha afirmou também, que havia uma preocupação com a segurança de Amanda, já que várias pessoas se mostraram revoltadas com o acidente, e, por este motivo, a transferência foi sigilosa. A acusada declarou, inclusive, que teria sido agredida logo após o acidente, por testemunhas e parentes das três vítimas do desastre.

O delegado Ricardo Romagnoli, que estava de plantão no 30º DP (São Cristóvão) no dia do fato, entendeu que, ao dirigir depois de ter bebido e passado a noite acordada, ela estaria assumindo o risco de fazer vítimas e, por isso, a jovem foi autuada por triplo homicídio.

O exame toxicológico a que ela foi submetida deu ´negativo´, assim como os testes que mediram o teor de álcool em seu sangue no momento do acidente. No entanto, ela disse em seu depoimento que tinha ingerido vodca e cerveja na festa em que esteve até às seis horas.

Depois teria ido pra casa, dormido até às dez horas e saído novamente para uma outra festa. "Ela tirou carteira (de habilitação) há bem pouco tempo. Somente a Perícia pode dizer o que aconteceu, mas o crime pode ter sido resultado de irresponsabilidade, imperícia, imprudência ou por falta de experiência mesmo. Além disto, a ressaca causada pela ingestão de álcool na noite anterior, e o sono perdido, podem ter sido mais ofensivos que o próprio momento de embriaguez", disse Façanha.

Morreram no atropelamento, a adolescente Marcilene Silva Maia, 17, grávida de cinco meses; sua filha de um ano e sete meses, que ela trazia no colo, Rafaele Silva Lopes; e o economista José Flávio Bezerra, 56.

Todos estavam na calçada na Avenida Deputado Paulino Rocha, no bairro Cajazeiras, quando foram atingidos pelo Corsa de placas KIW-6226, desgovernado, que Amanda dirigia. Antes de atropelar as três pessoas, o automóvel atingiu um poste. A acusada disse que tentou desviar de um buraco e colidiu em uma moto antes do acidente.




Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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