sexta-feira, 16 de março de 2012

Politica - "Isolamento é só uma tese", diz Acrísio

Repercutiu tanto Assembleia Legislativa (AL) quanto Câmara Municipal de Fortaleza (CMF), a preocupação da direção nacional do PT de ficar isolado na disputa eleitoral à Prefeitura de Fortaleza. O presidente da CMF, vereador Acrísio Sena (PT) – um dos cinco pré-candidatos que disputam a indicação do PT- disse que o sentimento da executiva nacional da legenda é pela construção da unidade interna, além de priorizar a manutenção da aliança com os partidos aliados, especialmente com o PSB, do governador Cid Gomes.

“O sentimento do partido em nível nacional é manter a aliança, além do acordo da tática vitoriosa com o governador Cid Gomes”, disse o petista, que, na semana passada, esteve em São Paulo para acompanhar as experiências do Legislativo paulista com o Parlamento Metropolitano, a TV Digital e a extensão da Lei da Ficha Limpa para gestores do Poder Executivo, e, no pacote, uma conversa rápida com o presidente nacional do PT, Rui Falcão.
Para ele, a tese de isolamento não passa de uma probabilidade. Porém, nada concreto. Nesse sentido, Acrísio defende que o PT acelere as definições internas. Segundo ele, os debates vêm acontecendo, contudo, não no ritmo adequado. A demora na definição do candidato estaria dificultando a articulação da aliança, mesmo considerando “democrático” o desejo das demais legendas em lançar seus quadros.
Após encontro com Rui Falcão, Acrísio diz considerar que o “melhor caminho” para selar a unidade do PT deve ser um encontro entre os pré-candidatos do PT à Prefeitura de Fortaleza. “Temos muitos candidatos e poucos debates de projeto. Temos demandas sérias na cidade, como: mobilidade, guerra civil dos jovens, além de desafios na Saúde e Educação”, pontuou. Sobre as realizações de prévias, o petista disse que, apesar de fazer parte do jogo democrático do partido, são inoportunas para construção da unidade partidária. E colocou-se, mesmo sendo pré-candidato à indicação do partido, para ajudar a estabelecer um consenso.
Para o vereador Vitor Valim (PMDB), a prefeita Luizianne Lins quer o rompimento do governo estadual e municipal. O que se esperar, segundo ele, de uma aliança à “moda antiga, quando leva para Brasília a tiracolo seu preferido à disputa da Prefeitura, Elmano de Freitas”.
ASSEMBLEIA
Já na Assembleia Legislativa, o líder do governo, deputado Antônio Carlos (PT), rebateu as declarações da oposição. “Não é uma coligação feita ao sabor do interesse eleitoreiro. O PSB tem uma origem programática progressista”, afirmou o petista, após o deputado Roberto Mesquita (PV) citar que, recentemente, a prefeita e presidente regional do PT, Luizianne Lins, declarou que o PT será oposição se romper com Cid Gomes.
“Ao declarar isto a prefeita diz que a aliança é fisiológica, que não tem como objetivo os interesses do povo. Se o PT acha que o governador comete alguns pecados, é dever do PT mostrar esses pecados à população”, ressaltou o verde.
SAIBA MAIS
O presidente da Câmara Municipal de Fortaleza, vereador Acrísio Sena (PT), também descartou ter procurado o governador Cid Gomes (PSB) para tratar da sucessão. Segundo ele, o debate é interno. “Enquanto não vencermos este debate [dentro do PT], não me acho à vontade para esta articulação”, citou.



Postada:Gomes Silveira
Fonte:O Estado

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