domingo, 18 de março de 2012

Tragédia - Três mortos após atropelamento


Entre as vítimas estavam um bebê de apenas um ano de três meses e a mãe dele, que estava grávida
Um bebê de um ano e três, meses; a mãe dele, uma adolescente de 17 anos, que estava grávida de cinco meses; e um homem de 56, morreram, depois de serem atropelados por um veículo desgovernado, quando caminhavam, no começo da tarde de ontem, na calçada da Avenida Paulino Rocha, bairro Cajazeiras.


Segundo testemunhas, Amanda Cruz da Silva, 20, guiava o Corsa de placas KIW-6226, inscrição de Camaragibe, Pernambuco, pela Avenida Paulino Rocha, em direção ao Castelão. Nas proximidades do número 230, ela saiu da pista, colidiu com um poste e atropelou as três pessoas que seguiam pela calçada.

Conforme os parentes, Marcilene Silva Maia seguia com o marido, Rodison Lopes, 21; e a filha, de um ano e três meses, Rafaele Silva, quando ocorreu o acidente. A Mãe levava a filha no colo e caminhava alguns metros distante do companheiro quando foram atropeladas. Rodinei escapou ileso, mas um homem identificado como José Flávio Bezerra, 56, que também estava na calçada foi atingido pelo automóvel e morreu no local.

Parentes
Ambulâncias do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) foram acionadas, mas ao chegar ao local confirmaram as mortes. Após o acidente, parentes das vítimas abordaram a motorista do Corsa e tentaram agredir a mulher. Policiais militares do Ronda do Quarteirão (RD-1068) fizeram a detenção de Amanda Cruz e a conduziram para o plantão do 30º DP (São Cristóvão). Em seguida ela foi levada para a Perícia Forense (Pefoce) para ser submetida a exame de corpo de delito e de também de alcoolemia. Até o fechamento desta edição, a reportagem não obteve confirmação se ela foi autuada em flagrante.

A prima de Marcilene, a estudante Bruna Monteiro da Silva clamava por Justiça. "Será que ela (motorista) vai pagar por isso?". Já Diego Leite Guimarães, também parente das vítimas, disse que os três seguiam para acasa da avó de Marcilene. "Ela vai pagar fiança e sair sem acontecer nada. Nós vamos ficar nisso até quando?", indagou.

José Carneiro disse ter sido um das primeiras pessoas a chegar ao local do acidente. Ele relatou que foi em direção a condutora e perguntou "se ela (condutora) sabia o que havia feito. Ela disse que não queria saber e saiu. Isso nos revoltou demais".

Segundo Carneiro, ela seguia em alta velocidade na descida do viaduto da Avenida Oliveira Paiva, quando perdeu o controle da direção e colidiu com o poste, subindo a calçada e atropelando as três vítimas. "Ela estava totalmente embriagada. Percebi isso claramente", afirmou.

Perícia
A perita Sônia Silva, da Coordenadoria de Criminalística (CC), da Pefoce, não resistiu e chorou ao presenciar a cena do corpo da criança ao lado da mãe.

A perita analisou a cena do acidente e recolheu objetos que estavam dentro do veículo causador do sinistro, como microfones e cabos. Silva também foi a delegacia para conversar com a condutora do veículo. As causas do acidente só serão conhecidas após a divulgação do laudo, que deve ocorrer em 30 dias.

Com o encerramento do trabalho da perícia no local do acidente, parentes das vítimas foram ao 30º DP acompanhar o caso.

O pai da pequena Rafaele e marido de Marcilene, não conseguia sequer pronunciar o nome da filha. Ele disse que saiu de casa junto com as duas, mas passou a andar mais rápido porque ia carregando algumas sacolas de compras, enquanto a mulher levava a filha nos braços.




Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

Nenhum comentário:

Postar um comentário