sábado, 31 de março de 2012

Felipe Azevedo - Artilharia volta a ser meta


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Atacante amargou um jejum de sete jogos sem gols no Estadual, mas, ao marcar quatro contra o Guarani, voltou para a briga da artilharia


Com a má fase que já durava sete jogos sem marcar no Estadual, o atacante Felipe Azevedo já tinha até deixado de pensar em artilharia. Mas a maré virou após o atacante marcar quatro gols na última quinta-feira, na goleada de 5 a 0 contra o Guarani de Juazeiro, no PV, igualando a marca de Moré, André Cassaco e Alex Paraíba, todos com 12 gols.

O feito, inédito em sua carreira, impulsionou novamente o jogador para o objetivo, depois que a má fase foi deixada de lado. "Quando a bola começou a não entrar, eu tirei esse foco de estar fazendo gols, de ser artilheiro. Depois dos quatro gols marcados, que a gente nunca espera fazer tantos em uma partida, voltei para a disputa", diz.

O jogador estava tão desencanado com a artilharia que deixou de ser o batedor de pênalti do Ceará. "Eu era o batedor oficial de pênalti da equipe e tive a humildade de chegar para o Lula [Pereira, ex-técnico] na época, e pedir pro Mota assumir, pois ele estava em melhor fase do que eu. Se pensasse em artilharia, podia pedir para bater em um próximo e aumentar meu número de gols, mas pensei no melhor para o Ceara e não em mim".

O fato de o jogador ter tirado o foco da artilharia, aliado ao apoio do técnico PC Gusmão, que o bancou mesmo com a má fase, também foi benéfica para Azevedo. "E se eu fosse um cara afobado para ser artilheiro, acabaria me afundando. Mas continuei jogando para o time. O Lula e o PC me mantiveram no time e isso me deu confiança. Assim a gente consegue render no jogo".

O técnico PC Gusmão lembrou de uma situação vivida em 2009 para manter Felipe Azevedo. "Muitos criticavam Wellington Amorim, mas ele era um jogador tático, cumpria bem o papel, mesmo com a bola não entrando. No caso do Felipe, eu o deixava bem tranquilo, confiante, e que uma hora o gol ia sair. E foram logo quatro. A confiança não só minha, mas de todos, ajuda muito ao Felipe", elogiou.

Nova faceta

Segundo o atacante, marcar gols nunca foi seu forte em outros clubes, mas no Ceará a veia "artilheira" surgiu. Na Série A de 2011, o jogador já foi o artilheiro do time, com 11 gols. "Em outras equipes que eu passei nunca fui de fazer gols, muito menos artilheiro. Sempre fui um jogador de dar o passe, e aqui no Ceará tudo mudou, os gols estão saindo, mas naturalmente".

O jogador lembra que a característica que sempre teve, de velocidade e assistências, ainda é a prioridade. "Não me cobro em fazer gols, mas sempre fazer um bom papel dentro do campo. Se eu puder dar um passe para um companheiro mais bem colocado fazer o gol, farei", garante.

SAIBA MAIS

Permanência

Com a proximidade do fim de seu empréstimo ao Ceará, que em maio se encerra, Felipe Azevedo já começa a definir seu futuro. Com propostas de dois times da Série A, o jogador dificilmente fica no Vovô para a Série B. "Devo iniciar as conversas com a diretoria. Tenho duas propostas de times da Série A. Ficaria triste em sair, por me sentir em casa no Ceará, mas caso o clube me surpreenda e apresente uma proposta superior, quem sabe (posso ficar)".

Mota

Outro atacante titular do Vovô, Mota, cumpriu suspensão pelo terceiro cartão amarelo contra o Guarani de Juazeiro e está confirmado no domingo, contra o Itapipoca. PC declarou que o retorno do jogador é natural, com Romário, que o substituiu, voltando para a reserva.





Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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