sábado, 31 de março de 2012

TRANSPOSIÇÃO - 50 dias após visita de Dilma, obras continuam lentas


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Welington Landim questiona o porquê de as obras estarem mais ágeis em Pernambuco
 
Já faz mais de 50 dias desde a visita da presidente Dilma Rousseff ao Ceará, oportunidade em que ela prometeu um ritmo mais rápido para as obras da Transposição e da Transnordestina. Na última quinta-feira, o deputado Welington Landim (PSB) lembrou que ela teria dado prazo de 30 dias para que as obras fossem tocadas "a todo o vapor". "Me preocupa o fato de passados 50 dias que Dilma Rousseff veio aqui e ainda estarmos com essa pendência", ressaltou Landim.

A situação das obras da Transposição no Ceará, conforme relatou Landim, não está boa. De acordo com ele, o Lote 6 está com o número de trabalhadores reduzido; o Lote 4 está parado desde junho de 2011 e o Lote 5 necessita passar por uma nova licitação, ensaiada para ocorrer já quatro vezes.

No dia 23 deste mês, um grupo de parlamentares federais visitou um trecho da Transposição entre os municípios de Missão Velha a Mauriti. De acordo com o deputado federal Raimundo Gomes de Matos (PSDB), o cenário visto foi de abandono, sem nenhum trator funcionando ou trabalhadores que, segundo ele, foram demitidos.

O deputado Fernando Hugo (PSDB), que também participou da visita, reafirmou as palavras do colega de partido. Na tribuna da Assembleia, Fernando Hugo criticou o aumento do valor da obra que, segundo ele, passou de R$ 4,5 bilhões para R$ 8,1 bilhões, uma majoração de 82%, conforme seus cálculos.

Número

De acordo com Welington Landim, o trecho visitado pelos deputados trata-se do Lote 6, onde assegura que as obras estão ocorrendo, porém não com o número de trabalhadores necessários. Landim informa que, atualmente, são 450 trabalhadores para esse Lote, quando o número ideal seria mil.

Welington Landim aponta que a empresa responsável por esse trecho reivindica uma adequação de refluxo financeiro. Ele explica que ao iniciar uma obra é feito um projeto básico que, ao longo da duração dos trabalhos, pode ser modificado por necessidades que vão surgindo na obra e que não eram previstas, como a construção de uma ponte, por exemplo.

Ele disse que, na próxima terça-feira, representantes do Ministério da Integração irão visitar o Lote 6 para verificar a necessidade ou não de haver uma adequação de refluxo financeiro. Landim aponta que a empresa deixou claro que, se o Ministério não aceitar a adequação, no dia 9 de abril irão paralisar a obra.

Para ele, a Transposição no Ceará precisa de dinheiro e de pressão política para que as obras caminhem em um ritmo desejado. "Por que as obras da Transposição no Ceará andam com uma velocidade diferente de Pernambuco? Isso me chateia", pontuou, afirmando que apenas 47% foi feito no Ceará.






Postada:Gomes Silveira
Fonte:Diário do Nordeste

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